quarta-feira, 13 de julho de 2011

Uma rosa com espinhos...

A mulher é um efeito deslumbrante da natureza.
(Arthur Schopenhauer)
 Hoje eu tive um dia peculiarmente estressante: notícias de estupro em minha comunidade que há tempos estavam aí... pra todo mundo ver: precisou acontecer mais um para sairmos da estagnação e botarmos a boca no trombone, criarmos 'atos', ofinas de "defesa pessoal" para mulheres etc.Também para desenterrarmos o velho assunto de sempre: essa questão chata e tediosa do gênero, sendo que a questão "segurança" segue para todos: tanto para estupro,furto etc; aquela encheção que nos permeia desde os tempos de que "o menino sai só, mas quando a irmã sair, o irmão acompanha..."
Enquanto eu me 'descabelava' com essas notícias, num dado momento, dei para reparar no meu dia: fiz as unhas, olhei promoções do grupon, marquei cabelereiro,ouvi música boa: bossa,samba,choro,falei com amigos pela internet,li um livro,comi frutas,mexi em partituras; e as fiz não porque são 'coisas de mulherzinha', mas porque são coisas das quais eu gosto,independente de condição ou não, ou se esperam isso de mim ou não, ou se gostam que eu o faça ou não; e que não tenho tempo para fazê-las com tanta calma,se não nas férias.
Na minha luta, enquanto mulher, não perdi a douçura de saber as notícias sobre a minha filhinha de 4 anos que está em férias na casa do genitor dela; nem de encher os olhos de lágrima quando passei muito tempo falando dela; acredito que tudo isso que eu fiz hoje também poderia ser feito por um homem; mas pelo fato de eu ter um útero e o homem ter escrotos, eu sou vista como uma "rosinha" e ele como um 'cavalo'.
Saibam pois meu senhores, que se "é" assim, a dona rosa que vos fala, representando aqui todas as mulheres em luta, tem lá siua delicadeza e o seu perfume, mas é cravejada em espinhos.
Não se assustem pela minahn pequena estatura e se o meu perfume tem "cheirinho de fruta"; antes disso, vou ao banheiro como todos vocês.
Sei me defender, sei em que tom eu devo gritar, sei pontos fracos para prostar um alguém.
Não nos olhe assim com cara de que somos indefesas; saiba que n'algum momento que o choro for de vocês, é uma mulher de verdade que estará lá para defendê-lo; e quem sabe até para "apagar" um mal-feitor - e aí quem sabe , é por nós quem vocês chamarão, "suas heroínas".
Não admirem-se da coragem, nem temam pela 'tolice' da mesma se vocês a julgarem como um intento contra a vida; nossos espinhos cortam, podem causar uma infecção e até leva-los a morte.
Um 'viva' para  a nossa força e não para nossa fraqueza (clique para ouvir).

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